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Brasil: Indústria Marítima
Sábado, 04/6/2011
PETROBRÁS DÁ FÔLEGO À INDÚSTRIA NAVAL NACIONAL COM P-56 E SONDAS PRÉ-SAL
O BATISMO DA PLATAFORMA P-56
A Petrobrás dá fôlego à indústria naval brasileira, com a construção da plataforma de petróleo p-56, em Angra dos Reis(RJ), um investimento de US$ 1,5 bilhão.
É a primeira plataforma construida totalmente no país. O seu batismo foi com a presença da presidente Dilma e a cúpula da empresa, na última sexta-feira (4/6/11).
Apesar de dispor ainda de 73% de conteúdo nacional, o casco da plataforma foi feito pela Nuclep e montado pela BrasFELS (antigo estaleiro Velrome), em Angra.
Alguns componentes dela foram comprados no exterior e montado no Brasil, como turbogeradores e turbocompressores.
“É o primeiro casco totalmente construído no País, ao contrário das outras duas plataformas anteriores a ela, a P-51 e a P-52, onde só a metade do casco foi feita aqui”, diz o gerente da empresa (Tribuna, 03/6/11).
A P-57 será rebocada até a Bacia de Campos, devendo entrar em operação em agosto próximo, na reserva de Marlim Azul, com extração inicial de 10 mil barris de petróleo por dia. O pico da produção ocorrerá no primeiro trimestre de 2012, alcançando 100 mil litros barris por dia, além de 6 milhões de metros cúbicos diários de gás.
A reserva de Marlim Azul tem cerca de 540 milhões de barris de petróleo, com uma vida útil até 2025.
NOVA LICITAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE SONDAS PARA PRÉ-SAL: JURONG VOLTA À ESTACA ZERO?
A PETROBRÁS vai contratar de 21 sondas pré-sal pela indústria nacional. O anúncio foi feito na solenidade do batismo da P-56, pelo presidente da Petrobrás.
Trata-se de uma nova licitação para contratar 21 sondas de perfurção para áreas da camada do pré-sal. Sete delas já foram arrematadas pelo estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. Agora, a estratégia da empresa é afretar as sondas produzidas pelos armadores que venceram as licitações. A opção pelo afretamento foi tomada pela diretoria da empresa na quarta-feira (A Tribuna, 04/06/11, p. 39)
"Sem sondas de perfuração, não há plataformas. Nunca produzimos no Brasil, mas temos necessidade de produzir aqui e vamos produzir aqui as 28 unidades que precisamos, discursou o presidente da Petrobrás, em palanque , diante de 2 mil dos 8 mil metalúrgicos navais do antigo estaleiro Verolme. (A Tribuna, idem).
Segundo o jornal A Gazeta, de Vitória, " Era essa licitação que a empresa Jurong estava participando e cujo preço foi considerado alta pela Petrobrás. Agora o processo voltou à estaca zero."(edição 4/6/11, p. 23)